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28 de Julho

Casas de Acolhimento merecem atenção

Mais casos de agressão contra as servidoras do local foram registrados nos últimos dias, chamando a atenção do Simpasso

Há menos de um mês de uma reunião ampliada realizada na Câmara de Vereadores para tratar da segurança das Casas de Acolhimento do Município, o tema voltou a preocupar o Sindicato dos Servidores Municipais de Passo Fundo. Isso porque as servidoras precisaram registrar outro caso de agressão. Desta vez, um adolescente ameaçou as monitoras com uma faca de cozinha, causando pânico dentro da instituição.

As servidoras pedem providências e solicitam mais segurança no local, além de treinamento específico para quem atua com as crianças e adolescentes: “se quando um acolhido demonstra esse tipo de comportamento agressivo já fossem tomadas medidas cabíveis, não chegaríamos ao ponto de acontecerem agressões repetidamente. Como a casa vai ficar segura quando não temos segurança no ambiente de trabalho? Trabalhamos com amor, mas vivemos com medo”, destacou uma servidora que procurou o Simpasso. Ela também afirma que “não é uma questão de escolher quem serão os acolhidos ou mandar embora quem tem algum problema, mas acompanhar e dar suporte para que haja um ambiente acolhedor”.

A Casa de Acolhimento recebe desde bebês de zero meses até adolescentes de 18 anos. Por isso, a presidente do Simpasso, Maria Bernadete de Matos, alerta: “além das colegas servidoras, precisamos ter cuidado com esses pequenos que vivem no mesmo ambiente. Nem sempre as monitoras que estão sob ameaça conseguem interferir numa ação violenta ou em um momento de surto”, pontua.

Para a presidente, a preocupação é que a segurança seja efetiva e permanente. “Sabemos que essas crianças estão lá por alguma questão de violação de direitos, mas o bem-estar precisa estar de todos os lados”, destacou Maria Bernadete.

Uma das sugestões levantadas pelas servidoras é que haja uma divisão nas casas, para que uma delas receba crianças de zero à 12 anos, enquanto a outra acolha adolescentes dos 12 aos 18 anos. Desta forma, seria realizado um trabalho específico para cada grupo, além de profissionais especializados para cada faixa etária, com treinamentos e formações diferentes. “Precisamos trabalhar com cada acolhido de acordo com suas particularidades e necessidades específicas. Sendo assim é preciso ter uma equipe técnica, com regras e medidas de convivência, com atendimento psicológico constante na medidas de suas necessidades”, concluiu a servidora.

O que diz o município

Depois do caso de agressão citado, os diretores do Simpasso Sandro Roberto Riffel e Jairo da Silva Lima estiveram na Secretaria de Cidadania e Assistência Social. Na Semcas foram recebidos pelo secretário Rafael Bortoluzzi e pela secretária adjunta Elenir Chapuis que afirmaram estar tomando providências.

Durante a visita, eles entraram em contato com a psicóloga da Secretaria de Saúde, recebendo a informação de que o adolescente envolvido no caso de ameaça foi atendido no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e havia confirmado o ocorrido, admitindo que tinha utilizado drogas naquele episódio. Por isso, o município realizou a internação do menor em uma casa de recuperação.

Além disso, no último final de semana, após as tratativas com o Simpasso, um servidor da Semcas foi enviado à Casa como reforço no atendimento, presenciando a realidade do local e verificando que a segurança precisa ser redobrada. 

O Simpasso segue buscando que o Poder Executivo tome medidas efetivas de segurança para todos os servidores que atuam nesses locais. 

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